22/09/2025 - Na sua décima nona edição, “Museus e mudanças climáticas” é o tema proposto pelo Instituto Brasileiro de Museus. ↓
Desde a década de 1980, a Fundação Projeto Tamar atua ao longo do litoral brasileiro com a missão de promover a recuperação das tartarugas marinhas por meio de ações integradas de pesquisa, conservação e inclusão social. Atualmente, monitoramos cerca de 1.100 km da costa, registrando informações sobre taxas de nascimento, tempo de incubação dos ninhos, presença de predadores e outros fatores essenciais para a sobrevivência das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil.
Estudos e monitoramentos de longa duração, como os desenvolvidos pela Fundação, são fundamentais para identificar e reduzir as ameaças que comprometem a recuperação dessas espécies. Entre essas ameaças, as mudanças climáticas ocupam posição de destaque, representando um grande desafio para a sobrevivência das tartarugas marinhas.
A determinação do sexo das tartarugas marinhas depende diretamente da temperatura da areia onde os ovos são incubados. De forma geral, ninhos mantidos em temperaturas mais baixas produzem um maior número de machos, enquanto temperaturas mais altas favorecem o nascimento de fêmeas. No entanto, valores extremos de temperatura podem reduzir significativamente a taxa de sobrevivência dos filhotes.
Diante das projeções de aumento da temperatura global nas próximas décadas, cresce a preocupação com os impactos sobre o equilíbrio entre machos e fêmeas nas populações de tartarugas marinhas, assim como sobre a quantidade de filhotes que chegam a nascer todos os anos ao redor do mundo.
Além disso o aumento no nível do mar e a maior frequência e intensidade de ondas de calor, tempestades e cheias, podem intensificar a erosão e alagamento das áreas de desova. Mudanças no padrão das correntes marinhas também podem influenciar a migração das tartarugas e as condições das áreas de alimentação.
Neste ano, entre os dias 22 e 28 de setembro de 2025, a Fundação Projeto Tamar participará da programação nacional da 19ª Primavera de Museus, iniciativa coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que terá como tema “Museus e Mudanças Climáticas”.
O tema convida o público a refletir sobre os desafios ambientais e a reconhecer o papel dos museus como espaços de educação, diálogo e transformação social, fortalecendo a consciência coletiva diante das urgências do nosso tempo.
Com museus distribuídos em diferentes localidades ao longo do litoral brasileiro, a Fundação Projeto Tamar participa da 19ª Semana da Primavera de Museus, promovendo uma programação especial com atividades culturais, artísticas e educativas que aproximam o público das questões ambientais que afetam os oceanos e a vida marinha.
Oficinas, exposições, rodas de conversa, vivências educativas e apresentações culturais compõem as atividades preparadas para este ano, sempre ressaltando a importância da conservação das tartarugas marinhas e da consciência coletiva diante das mudanças climáticas.
Ao participar da Primavera dos Museus, o Projeto Tamar reafirma sua missão de unir ciência, cultura e comunidade, sensibilizando crianças, jovens e adultos para a preservação da biodiversidade marinha e para a construção de um futuro mais sustentável.
A programação acontece em todos os museus da Fundação e representa uma oportunidade única para que visitantes e moradores conheçam de perto os desafios ambientais da atualidade e se inspirem a agir em favor do planeta.
Participe da 19ª Semana da Primavera de Museus com a Fundação Projeto Tamar e faça parte dessa rede de conhecimento, cultura e preservação.
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